segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Giuliana? Não conheço.....

Depois de meu último post-quase- póstumo, volto com meias-boas-novidades (pra quem? Pra mim, oras!)

Metade dos meus exames saíram e está tudo okey; outra metade ainda não tá pronto e alguns eu ainda nem fiz, por conta que Lulis caiu doente e está acamada há 4 dias com febre e ainda sem diagnóstico porque criança é uma caixinha de surpresas.

Mas a vida...ahh essa é uma caixona de surpresas! Quando você pensa que as coisas estão se ajeitando... PÁ! Acontecem outras para desalinhar a órbita dos planetas. Talvez tenha a ver com essa mudança de signo, ceis viram? Meu inferno astral deve ter se prolongado por mais um mês.

Vamos aos fatos: minha filha não dorme, já comentei? Daí que sono, pra mim, agora é uma questão de necessidade. Coisa pra me manter viva mesmo e não mais pra mode reparar minha beleza (Oe?) Sabido isso, Dr. Tuco achou por bem insistir no Muricalm, já que antes cair doente, Lulis tava em sua plena forma e serelepez e claro, não estava dormindo nem por uma mamadeira de Brown Cow (vocês viram? Brown Cow voltou, gente! TODOS COMEMORA!), daí que eu pre-ci-sa-va descansar (ordens médicas, não me crucifiquem) Daí que o Dr. Tuco mandou insistir com o Muricalm, e apesar de meu instinto materno gritar NÃO, o instinto paterno quis por que quis insistir. Então tá, (num sou ninguém mesmo, só mãe.) Daí que sabe o tal efeito rebote? Então. Deu. Dez gotas de anti-histamínico levaria uma criança normal dormir por 24h, nela, fê-la ficar acordada por 48h. E rindo e chorando e gritando e dançando e se sentindo uma chacrete em começo de carreira. 24h, 48h, 72h... E meu dia seguinte começa sem ao menos acabar o anterior. TODOS CHORA!

Foram 10 dias de tortura “teste”e já vimos que não, não, não funcionou.Aliás se alguém quiser uma receita pra pular 5 noites de carnaval non-stop, passa lá no Dr. Tuco e peça uma receitinha de Muricalm. Fica a dica.

Mas vocês pensam que acabou por aqui?? Nãooo. A vida, lembram? Essa sim uma caixinha de surpresas, me pregou mais uma! Cansaço+ noites sem dormir + exames horripilantes(ressonância) misturado ao medo colossal de ter outro piripaque* estando sozinha com ela em casa ou dirigindo com ela no carro tem me deixado cós cabelo em pé fazendo com que minha velha e nada boa camarada síndrome do pânico- TCHÃNAM- voltasse a vida. TODOS SE DESCABELA!

*Piripaque não, segundo meu médico, síncope. Olha, achei isso de uma finesse e de uma dignidade sem tamanho, viu?! Agora falo pra todo mundo que tive uma síncope, sín-co-pe.

Claro que tenho evitado tais situações, mas não posso evitar que as crises voltem a me assombrar. Perdoem-me as pessoas sãs, mas só os portadores de uma mente doente (e criativa, diga-se de passagem) sabe do que eu tô falando.Ter que passar dias e noites (o que pra mim é a mesma coisa) driblando uma cabeça que trabalha contra sua própria dona é coisa para ninjas. E eu não sou. Ela funciona mais ou menos assim durante my all day long: “Giuliana mata no peito, Crise tira a bola, chuta pra área.Tiro de méta.Giuliana rouba, faz a finta, dribla pela direita, passa pela esquerda. Falta!(do juízo).Crise retoma e se aproxima da grande área, zagueiro mata a jogada.Giuliana desmaia e recebe atendimento no gramado.Final do primeiro tempo. Juíz apita, Crise arranca pela esquerda e desarma Giuliana. Giuliana retoma. Cobrança de falta intermediária. Por ciiiima do adversário! Crise mantem a posse de bola, ajeita no peito, UUUU. Pra foooora!!!!Escanteio.Giuliana recebe um soco no estômago. Cartão amarelo. A regra é clara. Apita o árbitro. Final de jogo 0 x 0.” Ufa \o/

Mas como não posso evitar tooodas as situações de risco, outro dia tive que correr com Lulu pro médico, só eu e ela ela e eu. Nós duas e o carro. Eu, toda conectada a eletrodos por conta de um exame chamado Holter. Comecei a suar e a achar que por estar molhada o aparelho ia me dar uma descarga elétrica fatal a qualquer momento e cheguei a ver o Tom Hanks numa cena de “A espera de um milagre” e, em dois segundos, na minha cabeça, eu tive um ataque cardíaco, desmaiei e fui parar com o carro embaixo de um caminhão. Aí escuto a voz da minha consciência- congnitiva-comportamental: “O que de pior pode te acontecer se você tiver uma crise agora, Giuliana? Hein? Responda? O que de pior? Morrer? Então, o pior é morrer, viu? Alguém já te disse que morrer é ruim? Não? Então.. Pronto passou, respira 1, 2, 3 shhhhhhhhh 3, 2, 1 ssssssssshhhhhh, om shanti om... viu, passou, om shanti om... Começa de novo outro ataque cardíaco, ain meu Deus! Estarei morrendo em 5, 4, 3... tenho que pensar em algo novo, diferente e que desvie minha atenção até chegar incólume ao meu destino. Geoge Clooney pelado! Opa, isso não é novidade nenhuma... Outra, outra, rápido! Cid Moreira nú cantando cara-caramba- cara-caraô num trio elétrico. Aeeee, passou.\o/ Tanks god!

Provavelmente esse será meu último post limpa. Semana que vem estarei dopada de calmantes e afins e minha cabeça irá encontrar todas as paredes da minha casa por uns 15 dias, até o remédio ir se ajustando e não escreverei letras com letras, se é que algum dia escrevi. Portanto ficarei uns dias fora do ar para poupá-los. TODOS RI. Porque chorar é para os fracos. Uma vez Frejat me disse "saiba que rir é bom, mas que rir de tudo e desespero” Robertão, enquanto meus músculos zigomáticos colaborarem, irei rir! Pensa que Giuliana se deixa abater assim tão fácil?

Aliás, só vim aqui mesmo pra contar que não atendo mais pelo nome de Giuliana. A partir de agora I'm Klimber. Joseph Klimber (pra quem não conhece crica aqui ó www.youtube.com/watch?v=gzMhifqIPm8




Em tempo: boletim médico da Lulu: Roséola.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O dia em que fiquei cara a cara com São Pedro.

Agora que o susto passou, vou relatar a tarde de horror que tive domingo, o day after de my BDay.

Então, sacam a expressão “morta de cansaço”? Ela pode ser verídica. Explico: só não passei dessa pra uma melhor porque minha alma é muito apegada ao corpo. Capricorniana, sabe como é, né? Materialista ao extremo. Essa foi a minha sorte.

Daí que sábado foi meu aniversário. Daí que ganhei uma senhora festoca pra comemorar meus 3.1. Tudo lindo, amigos lindos, família linda. Ganhei até um post de aniversário da minha amiga Camila www.mamaetaocupada.blogspot.com. Oia que meigura!

Curti até a último minuto. Eu e Lulu, claro. Não sei se já comentei que ela não dorme? Não? Então, ela não dorme.

Daí que a festa acabou as 4:30h da manhã e Lulu no pique ainda, desde as 4:30h da manhã do dia anterior. E eu? Bem o que restou de eu tava acabada e querendo cama. Demoduski fui deitar com a roupa do corpo, maquiagem e salto alto, porque sou fina? Não, porque sou preguiçosa. Aí maridus fez Lulu dormir lá pelo hora do galo cantar e eis que quando pego no sono, ela acorda.Tá dormi um bocadito, mas a sensação é que nem dormi. Eram umas 11h a hora que ela quis ir pra piscina. Fui, né? Porque sou mãe. Brincamos na água, corremos, pulamos enfim, tudo que um brinquedo com pilhas longa duração faz. Aí subi pra preparar o almoço dela enquanto marido dava banho na porpeta. Eis que sou acometida por uma súbita e terrível dor de cabeça, sinto meu rosto adormecer, começo a suar muito e ficar muito vermelha. Chamei minha mãe e ela me deitou na cama. Nessa hora comecei a me debater muito e a gritar que estava morrendo (Fernanda Montenegro é meu codinome).Estava sentido o coração bater todo descompassado, minha visão ficou turva e meu corpinho sílfidico não aguentou e desligou/apagou/morreu/se fue. Desmaiei. Fiquei assim morrida até o marido tirar Lu do banho, ao mesmo tempo que meu pai chamava a vizinha pra cuidar dela (valeu Kika!) enquanto minha mãe tivava o carro pra me levar pro hospício hospital.Cheguei lá inconsciente, porém tinha alguns flashes de consciência. E nesses flashes, abria os olhos e via pessoas olhando horrorizadas pra mim e comentando coisas do tipo: drogas, bebedeira, overdose, intoxicação, choque…Ouvia e apagava de novo. Foram minutos horríveis. Cheguei a ver aquele túnel de luz que os mortos- que- voltam vêem, sabem? Mas aí o Djalma (Djalma combina com nome de porteiro, não?) lá da portaria do céu (céu?), olhou pra mim e disse: "pode voltar, nega aqui não é permitido entrar em trajes de banho" RÁ! Eu tava de biquini. I Catch up, São Pedro.

Não entendia nada direito porque não tinha a mais vaga idéia de onde eu tava. Parecia um filme do Almodòvar, tipo “Hable com ella”, sabe? Eu lá semi-morta ouvindo as pessoas darem pitacos sobre minha pessoa e obviamente não conseguia falar nada porque tava com a boca travada e a língua mole. Acordei com um enfermeiro em cima de mim, me furando o braço. Agarrei nele e consegui balbuciar alguma coisa, me lembro de ter perguntado se tinha morrido. Ele fez sinal negativo com a cabeça. Perguntei se tinha tido um AVC. Negou também. Aí ele perguntou meu nome, idade, e se eu era casada. Caraca, que salafrário! Me paquerando em pleno pronto socorro, pensei; mas era só pra saber se eu tava consciente. Arram. Ele tinha a cara do Antônio Banderas, mas depois que passou o efeito do diazepam ele ficou mais pra Reginaldo Rossi. Apaguei mais uma vez. Acordei mas não conseguia abrir os olhos, e continuava escutando fragmentos de conversas de médicos e enfermeiros. Arritimia SV, 10 barra 10 e 10 barra 9 (esse deve ter sido meu índice de Apgar, já que morri e nasci de novo) Indicativo de Prolapso VM/R. PA alterada. FC 200bpm.- HOUSE! Tô no DOCTOR HOUSE GENTE!- Apaguei de novo. Diazepam na veia parte 2, “o médico dela ligou e mandou aplicar mais uma dose” Não, não tô no House, senão ele me daria Vicodin, certeza…Acordei. Garrei no Antônio, opa, no enfermeiro, e disse com a boca mole: moço me tira daqui e ele riu da minha cara…

Até que fui melhorando me colocaram numa cadeira de rodas e fui pra sala dos podre. O que é aquela gente toda tossindo, vomitando e gritando 'Deus me leva com você'? E o medo de pegar uma virose daquele bando de doente? Gezus. Comecei gritar “não tô doente, só tô louca me tirem daqui”… mas não teve jeito tive que ficar lá. E aquele povo todo olhando pra mim com cara de desaprovação…não tava entendendo…Depois que terminou o medicamento e o soro, me deu uma descarga de adrenalina e eu tremia tremia tremia mais que bambu no vendaval.Horas depois fui voltando a minha plena consciência(oe? E eu tenho uma?) foi aí que olhei pra mim mesma, myself. Não era eu, Giuliana. Era eu, Amy Winehouse. Eu estava, vejam bem: cabelo molhado meio preso meio solto, rímel da noite anterior tudo borrado pelas bochechas, parte de cima do biquini, um short do avesso todo molhado com meu próprio xixi, descalça e com as unhas do pés pintadas em vermelho escarlate descascando. Não era eu. Era Amy.

A cardio me deu alta, e eu fui obrigada a passar por aquele mesmo corredor que entrei.O que eu poderia fazer descabelada, borrada, semi- nua, com o short do avesso e tudo mijada?Pedi um cigarro pro segurança, levantei a cabeça, comecei a estalar os dedos e cantar "They tried to make me go to rehab, but I said 'no, no, no'" Só pra disfarçar.

Bom, cheguei em casa sã (not so much) e salva e PASMEM! Dormi. Dormi 8 horas seguidas, pela primeira vez em um ano e meio. E foi aí que descobri a fórmula pra Lulu dormir (ao meu ver). Tomar diazepam. Eu. Não ela. Porque assim não escuto picirocas e ela pode me chamar o quanto quiser que vou continuar dormindo feliz. Desnaturada? Não não, apenas ordens médicas, por favor.

Resumo da ópera: ainda espero o resultado dos exames, mas foram levantadas as seguintes hipóteses.

A) Choque anafilático por picada de inseto. Eu havia sido picada por um inseto não identificado minutos antes de apagar.Porém essa hipótese já foi descartada pois melhorei sem anti-alérgicos.

B) Alguma coisa na cabeça (tipo merda) por isso a tomografia que o médico pediu.

C) Arritimia cardíaca. Esta, uma hipótese bem palpável, já que sempre tive; porém como tomava remédios, o mal-estar era contornável. Só que na gravidez não pude mais tomar e acabei “esquecendo” que não estou mais em estado interessante(aliás, bem longe disso) e que tinha que refazer os exames cardíacos e voltar com o remédio (alo doutô, beijão procê. Muaahhh)

D) Cansaço foderástico que culminou numa crise de estresse agudo grau 11, devido a privação de sono.

E) Alternativa C e D combinadas.

Se fosse Fuvest eu assinalaria a alternativa D sem sombra de dúvida. Mas como sempre me dei mal no vestibular, é provável que a correta seja a E. Mas aguardemos os resultados e assim que sair, darei notícias. Daqui ou de lá. UUUUUUAAAAAAAAA (brincadeira gente, agora que sei que não se pode adentrar as portas celestiais em trajes sumários, só andarei de biquini. Ho ho ho)

Equanto isso vou me divertindo com os benzodiazepínicos. Yeah!


domingo, 9 de janeiro de 2011

Louca é a mãe.

-Boa tarde, Tuco

-Boa tarde, Giuliana

Um silêncio abissal se faz no recinto. Olho pro Tuco com cara de paisagem morta (mais morta que paisagem)

-A Lulu não tem consulta pra daqui 15 dias? O que aconteceu pra você ligar hoje marcando hora? A secretária disse que era urgente…

-Sim, e é. Lulu tá com um negocinho no tornozelo que tá coçando pacas…

-O que é?

-Uma bolinha vermelha

-Faz tempo? Desde quando?

- Faz. Desde ontem

-E ela tá irritada, com febre ou chorando muito?

-Não, só coçando mesmo

-Ok, Vamos ver…

Silêncio abissal parte 2. Olho pra ele com cara de pintura impressionista.

-Giuliana, isso é uma picada de pernilongo!

-Huum. Mas tá coçando pacas, coitada.

-É, picadas de pernilongo coçam pacas por 1 ou 2 dias e depois PASSA. Você nunca foi picada por um?

-Que eu me lembre….

Silêncio abissal parte 3- Olho pro Tuco com sorriso de Monalisa

-Só isso, Giuliana?

-Aham. Só.

-Certeza que é só isso? Você ligou pra adiantar a consulta em 15 dias pra isso? Não tem mais nada? Ele não teve febre, não vomitou sangue, não convulsionou em nenhum momento?

-Nope.

-Então tchau, até dia 14.

-Pera, Tuco. Eu não ia falar nada, mas vou falar. Já que o senhor tá insistindo tanto, o negós é o seguinte: essa menina tá me pondo louca. Ela resolveu que não dorme nunca mais nessa vida. Nem de dia nem de noite, nem deitada nem em pé, nem no carro nem no ônibus. Socorro Tuco, eu não aguento mais! A vida num tem sido fácia pra mim, sabe? Esse lance de não dormir traz prejuízos cognitivos e motores e eu tô derrubando tudo pela casa e posso causar acidentes assustadores e minha saúde física também está bem prejudicada pela privação de sono; emagreci 5kg só esse mês e o senhor deve estar pensando aí no seu íntimo, 'hum mas isso até que foi bom’; mas não, não foi bom coisa nenhuma, fiquei flácida. E minha memória? Nossa, minha memória tá péssima. Fui no médico outro dia pra dizer que tava com problemas pra lembrar coisas e esqueci de dizer isso pra ele. Juro. Tô tendo uns lapsos, uns apagões, umas confusões mentais…carro. Fechei o carro? Então acho que tô perdendo…perdendo o quê? Tuco, qual era o assunto mesmo? Ahh…

-Giuliana, o que você quer de mim?

Respiro aliviada e um sorriso maroto se desenha em meu rosto

-Ah, ainda bem que tocou nesse assunto,Tuco. O que eu quero?Adivinhe você, meu queridão.

-Tá, senta lá Giuliana. Eu vou receitar o calmante, mas não porque você me pediu, que fique bem claro. Vou receitar, porque pelo que você me contou, ela está apresentando episódios de terror noturno, agitação excessiva e insônia das bravas. Mas mesmo assim, vou dar uma ligadinha pro seu marido pra conferir se é isso mesmo.

Eu com ar blasé: -Aham, óquei. Fique a vonts.

Saí de lá com a receita na mão. Passei na farmácia, comprei e deixei em lugar de destaque na pia da cozinha.Tipo um pedestal. Sei lá, saber que o tal remédio tá ali num altarzinho olhando por nós amém, me deixa mais tranquila.

Cai a noite.

Marido: -Você já deu o remédio?

-Eu? Eu não. Não vou dar…

-O quê? Como assim?

-É, ce leu a bula? Jogou no Google? Deus me livre dar calmante pra minha filha. Não sou louca.

-Ah é? Ok.

Silêncio de umas 2h e marido aparece fazendo a dancinha da vitória e diz:

-Olha, daqui mais ou menos 1 h ela vai estar dormindo feito um anjo. Acredite!

-Ué, porque se eu não dei o remédio?

- Porque EU dei o remédio!Rá!

-O QUÊ? Você tá louco? Quer me matar do coração? Como você teve coragem de dar um veneno desse pra nossa filha? Que tipo de pai você é? Pelo amor de Deus, cadê o telefone do Tuco? Vou ligar pra ele dizendo a insanidade que você cometeu. Vamos pro hospital fazer lavagem. Vai, entra no carro.

Enquanto arrumo as coisas, ligo pro Tuco:

-Seu maluco, você sabe o que meu marido deu pra Lulu? Pois é. O que você pretende, Tuco? Destruir nossa famíla? Quer matar minha criança? É isso? Isso que você receitou é veneno. Ve-ne-no. Pode até matar, sabia? Vou te denunciar no Conselho Regional de Medicina. E também vou espalhar pra todos seus pacientes que você é um assassino em potencial. Tchau. E não me ligue de volta. Nossa história acabou, entendeu? Acabou. Vê se me esquece. Fim.

Marido: -Peraí, deixa tentar entender: você foi lá, pagou uma consulta particular, fora dos planos, pra pedir calmante pra ela, certo? Comprou o remédio, não quis dar e quando eu dei, você surtou e ainda ligou pra xingar o médico? Que tipo de louca você é?

Eu chorando litros: -… ah sei lá, talvez eu tivesse precisando desabafar. Ou pela segurança de ver o vidro de calmante ali, ao meu alcance, e caaaaso precisasse muito dar, eu daria.

-Giuliana, ela tá acordada praticamente há 48h. Se isso nao é caaaaso de dar o remédio prescrito por um médico, então o louco sou eu. E outra, se quisesse desabafar, sentasse no banco da praça e desabafasse com o dono de algum cachorro cagão. Não precisava pagar essa fortuna.

-Tá marido, então fica combinado assim, você dá o remédio pra ela sem eu saber, tá? (Oi?)

Ok, 4 dias se passaram e nada da Loo dormir.

-Marido, você tá dando o remédio direitinho?

-Estou sim.

-Mas não tá funcionando?

-Não, né? Ce tá vendo ela dormir em algum momento?

-Cadê o telefone do Tuco? Alou Tuco, essa merd@ de remédio não funciona. Que porcaria é essa, hein? Placebo?Água com açúcar surtiria mais efeito, além de ser infinitamente mais barato. E além disso…

Alô, Tuco?

Tucooo?

Tu tu tu tu….



Ps: Ainda não descobri que tipo de louca eu sou. Se alguém tiver uma pista me avise, ok? Obrigada, a gerência (do hospício)